Do café aos drinques, do bolo no pote até os canelonis italianos. Do sanduíche no pão francês à comida tailandesa. O Nômade Food Park abre as portas a partir das 18h de hoje, na Rua Ceará, em frente à Uniderp, mostrando variedade na comida de rua. Com quase todo menu elaborado praticamente na hora, o que não falta é frescor no sabor e criatividade na decoração e apresentação dos produtos.
Aberto para a imprensa nessa segunda-feira, o Lado B visitou os trucks, bikes e tendas ao som de jazz da banda Urbem. Nos 1.000 m², as mesas e bancos de madeira são um convite para sentar e degustar. O varal de luzes deixam o ambiente ainda mais aconchegante. Os cardápios são, na maioria, escritos à mão nas lousas em frente à cada um dos trucks. Sinal de que pode mudar de dia para dia, conforme a demanda.
Idealizadora do food park, a chef de cozinha Isa Blanco, explica que o quer passar ao campo-grandense é tranquilidade e coletividade. “É um lugar ao ar livre, bacana, despojado. É a cultura de poder ser na rua, da pessoa fazer um passeio à pé e saber que tem boa comida num só lugar”, descreve.
Funcionamento e preço médio – Na primeira semana, o Nômade vai funcionar das 18h às 23h de terça à quinta-feira e de sábado até domingo, até meia-noite. A intenção é de abrir, durante o Inverno, a partir das 12h. Todos os locais passam cartão e os preços, vão de R$ 5,00 até R$ 25,00.
Para conhecer um pouquinho de cada lugar, o Lado B lista abaixo espaço por espaço os produtos, carro-chefe e média de preços:
La Lecheria – O carro-chefe é o milkshake no pote de vidro e o produto tem a assinatura da chef Isa Blanco. Em 250 ml, a garrafinha pode ter os sabores da bolacha oreo, ovaltine, nutella e chocolate. Decorado com chantilly, o milkshake é de comer com os olhos de tanta graciosidade. A média de preço está de R$ 14,00 até R$ 16,00.
Bacharel em Direito, Jean Maykon, de 27 anos, é quem nos atende e explica que a ideia é passar para quem já gosta de doce, um milkshake focado na decoração. “Assim como o Food Park procura essa coisa da gourmetização, a La Lecheria também, de servir com chantilly e pedaços de oreo em cima, por exemplo”.
Henkks Bar – De sucos e drinks, a barraca chama atenção pela decoração, feita pelo próprio dono, com destaque para o balcão, criado por Kenzo Minata. O carro-chefe é o drinque que leva o nome “Henkks”, com melancia, hortelã e limão, onde o cliente escolhe se quer vodka ou cachaça e a marca. O valor fica na casa dos R$ 15,00.
Já nos sucos, o sócio-proprietário e estudante de Arquitetura, Renato Henkin, de 25 anos, explica que quem faz é o cliente. “Ele chega e escolhe a fruta que vai querer, o condimento: se vai adoçar com açúcar mascavo, refinado ou cristal, se quer batido na água de coco, suco de laranja, água ou leite. E o ponto: denso ou não?”, sugere Renato.
“A gente sempre quis passar algo diferente do que é feito nos bares”, completa. Para os sucos, o preço mínimo começa em R$ 7,00 até R$ 14,00 e nos driques, de R$ 10,00 a R$ 18,00.
Casa do Chef – Os meninos também estão no Food Park trazendo um pouquinho da variedade dos rótulos da loja para harmonizar com as comidinhas. O carro-chefe será o chopp. “A gente pretende cada dia bolar uma harmonização com os pratos e fazer as pessoas experimentarem os estilos e sabores”, explica o sócio-proprietário, Renan Heimbach, de 27 anos.
O preço média das cervejas e do chopp é de R$ 7,00 até R$ 20,00.
Du Bule Café – Até o café pode ser diferente. A prova disso está ali no Du Bule. Com grão 100% arábico, moído e coado na hora, eles oferecem também a ‘tortaguaia’. A receita de sopa paraguaia ganhou recheio de carne seca, frango e palmito, além da marmicake, a opção de levar bolo na marmita de brigadeiro ou beijinho.
Com café a partir de R$ 5,00, até a tortaguaia vendida a R$ 12,00, os responsáveis pelo Du Bule, Henrique Ianaze e Suzane Vismara, querem fazer com que o campo-grandense conheça e aprecia o sabor do café. “Estamos trazendo o conceito de tomar café sem açúcar e ainda trazer grãos especiais”, apresenta Suzane.
Perrito Caliente – Com assinatura da chef de cozinha Isa Blanco, os cachorros quentes do espaço são com salsichas especiais, de receitas mexicanas. As duas opções para a abertura, por exemplo, levam farofa de bacon e cheedar ou mostarda dijon e repolho. O preço médio é de R$ 14 a R$ 16,00.
Poti Poti Doces – Gracioso e de comer com os olhos pela delicadeza. O bolo no pote ganhou sabores da bolacha oreo, morango, bolo gelado de coco, nutella e tiramissu. As sócias-proprietárias Cleonice e Clarise Turato são irmãs e contadoras. Completamente fora do ramo, foi a ideia do Food Park que as fez experimentar e gostar dos doces.
“Queremos oferecer um novo conceito de bolo no pote gourmet, que possa ir à festas de casamento, chá de bebê”, explica Cleonice. O preço médio está entre R$ 13,90 e R$ 14,90.
Ethnic – O food truck Ethnic é uma sociedade entre a chef de cozinha Daniela Maluf, e sua sócia Sarina Antunes. O carro-chefe do food é o Espeto Satay, uma iguaria originada na Malásia, muito popular na Tailândia. O prato se define como um espeto de carne, camarão ou frango que, antes de grelhado, é deixado por no mínimo 24h marinando em especiarias.
Uma vez por semana o food irá servir um prato diferente de alguma parte do planeta. Conforme garantiu Daniela, o diferencial do estabelecimento é justamente o tour gastronômico que elas pretendem oferecer. “O Ethnic vai ser cosmopolita. A ideia é trazer para o público comidas nunca vistas e de todos os cantos do planeta”. Os valores variam de R$ 16,00 a R$ 24,00, aceitando todas as formas de pagamento. A decoração é simples, predominando o vermelho e símbolos que remetem a Tailândia.
No Francês – Aberto pela parceria entre a chef Simony Zanate e sua sócia, Silvia Bachnia, a proposta do local é oferecer hamburgueres com um toque gourmet, sempre tendo como base o pão francês. O mais pedido é o Pernil no Francês, feito de pão francês, com pernil de porco e geleia de pimenta com manga. O diferencial, que ao mesmo tempo surpreendeu as empresárias, foi a boa aceitação do sanduíche vegetariano, de pão francês e recheio de abóbora com ricota.
A decoração do local é um show a parte, onde o próprio cliente pode usar giz escolar, para deixar uma mensagem ou recado na parte externa do food. Sob os olhos da chef, o No Francês veio pra dar um toque gourmet, com aquilo que todo mundo tem em casa. “O No Francês surgiu do pão que agente ama. Dar um toque sofisticado, no que tem na mesa de todo mundo”. Valores de R$ 12,00 a 25,00.
La Dolci Doceria – A ideia da doceria é do gastrônomo Edmundo de Carvalho e seu sócio, Danilo Porto. A doceria trabalha com os doces Cannolis (de origem Italiana) e Stroopwafe (de origem Holandesa. O Cannolis, tem como opções de recheio leite ninho e cobertura de nutella e também baunilha com cobertura de morango.
Edmundo é campo-grandense, formado em Balneário Camburiu e segundo ele, trazer para a Capital as sugestões veio depois que ele conheceu o Cannolis em São Paulo. A massa tanto do Cannolis quanto o Stroopwafer, é produzida por ele e pelo sócio Danilo. O Stroopwafer, é vendido tanto só a massa, quanto com recheio ou cobertura de sorvete de baunilha ou chocolate. Os sorvetes, ele adquire de uma parceria feita entre ele e a proprietária do espaço Nômade, Isa Blanco.
O Cannolis custa R$ 6,00 a unidade, ou então 2 por R$10,00. Já o Stroopwafer custa R$ 10,00 só a massa ou R$ 12,00 com caldas de nutela ou morango. A decoração é simples, se limita a um freezer onde os sócios mantem refrigerados os sorvetes, com as estampas da empresa no refrigerador e avental dos rapazes. “Nossa intenção era propor para que o público abra o paladar, trazer um diferencial, uma novidade e com preço acessível”, comentou Edmundo.
Banoff – A proposta é das chefs Rafaela Georges e Ana Maioli. Eles vendem os Banoffs, doces a base de farofa de bolacha, doce de leite, bana e creme de nata, e canela, em copinhos de 180ml (R$6,00) e 240ml (R$ 12,00). Rafaela é de Campo Grande, e se formou junto com Ana, que é de Cianorte-PR, na cidade de Maringa-PR. Logo após formadas as duas voltaram para a Capital.
Rafaela e Ana sempre foram personal chefs, atendendo festas, eventos, até que tiveram a ideia do trike. Ao lado das outras duas amigas, Bruna Scherer e Natalie Camilo, que cuidam da parte financeira, elas tocam juntas a Banoff e a empresa de gastronomia personalidade Arte Gourmet. “Vala a pena experimentar. Somos pioneiras na produção destes doces, fomos as primeiras que decidiram investir nesta ideia, e garantimos que melhor que o nosso não há”. O doce também é vendido por quilo, a R$ 45,00. A ideia do trike, foi inspirada em trazer para uma opção em copinhos, a torta de mesmo nome, mas de origem inglesa, também a base de canela e massa folhada.
Maracutaia – O comando do food fica por conta da chef Veruska Souza e seu ajudante Augusto Leite. O carro-chefe de pedidos da casa, em endereço fixo na região central de Campo Grande é o hambúrguer de pernil de ponta de costela com cebola caramelizada. No Nômade, o diferencial é o mesmo hambúrguer só que a base de pernil de carne suína e cebola caramelizada.
Além de chef, Veruska é também nutricionista. Os valores variam de R$ 15,00 a R$ 25,00, também aceitando todas as formas de pagamento, em breve. “O Maracutaia é que nem coração de mãe. Agora neste outro endereço a gente pretende manter a qualidade e tradição já adquiridas no outro endereço, estendendo isto até aqui”, comentou a supervisora do truck, Yara Gimenes, também funcionária do Maracutaia.
Mi Paleta – O nome curioso, foi sugerido pela própria proprietária da franquia em Campo Grande, Evelyn Menegazzo. A unidade nômade é a quinta na cidade, oferecendo 21 sabores, com as novidades de duas novas caldas quentes de fondue de brigadeiro e quentão de vinho. O pioneirismo no seguimento foi o que garantiu o sucesso da franquia na Capital, de acordo com Evelyn.
“A produção é nossa, caseira, mas o diferencial é que agente tem o cuidado de usar sempre produtos naturais, produzidos de forma natural, o que garante a qualidade e tradição da paleta mexicana”. Os mais vendidos são de morango com leite condensado, chocolate belga e salada de frutas.
Fonte: Campo Grande News
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