O leite é tão importante que a FAO, a organização da ONU que trata da alimentação e agricultura, decidiu comemorar o Dia Mundial do Leite no dia primeiro de junho. Além de ser um alimento completo, cerca de 10% da população mundial vive da atividade leiteira, sendo uma das principais responsáveis pela geração de empregos em diversos países em desenvolvimento.
Porque falar em leite e saúde?
O leite é considerado um alimento funcional, ou seja, além das suas propriedades nutricionais, contém componentes que afetam de forma positiva uma ou mais funções orgânicas. O leite e seus derivados (queijos, iogurtes, coalhadas, manteiga, etc…) têm propriedades muito particulares que auxiliam na manutenção da saúde e na prevenção de doenças sérias citadas abaixo:
Controle de peso (Obesidade): Estudos recentes mostram que há uma relação positiva entre emagrecimento e consumo de leite e derivados. Ou seja, pessoas que fazem dieta (baixa ingestão de calorias) e consomem três porções diárias de lácteos, têm uma maior redução no peso, se comparadas com pessoas que fazem dieta consumindo menos que três porções.
Prevenção de osteoporose: O cálcio é um mineral fundamental para a formação e manutenção dos ossos e dos dentes, sendo também funda para que aconteçam várias reações importantes no organismo. Os ossos e os dentes absorvem o cálcio dos alimentos e funcionam como um depósito, armazenando esse mineral e liberando para o organismo à medida que há necessidade.
Flora intestinal: Alguns produtos fermentados, como os leites acrescidos de bactérias específicas (lactobacillos e bifidobactérias, etc.) e os iogurtes auxiliam na manutenção e equilíbrio da flora intestinal, na eliminação de bactérias nocivas à saúde e multiplicação de microorganismos benéficos à saúde.
Câncer: O leite têm em sua composição proteínas e peptídios que têm atividade anti-cancerígena, especialmente na prevenção do câncer de cólon e de mama. A gordura do leite também apresenta um componente anticarcinogênico: o CLA, ácido linoléico conjugado.
Diabetes: Estudos recentes mostraram que a maior ingestão de produtos lácteos, especialmente os de baixo teor de gordura, podem reduzir os riscos de desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Pressão sanguínea, derrame e doenças cardíacas: No Brasil, cerca de 30% das mortes são causadas por acidentes cardiovasculares. Dietas saudáveis, com alta quantidade de cálcio (leite e derivados) e baixas calorias podem diminuir os riscos de hipertensão e consequentemente doenças cardiovasculares e redução do risco de derrame isquêmico.
Resposta imunológica: As proteínas do soro do leite potencializam a resposta imunológica, tanto das células como de anticorpos.
Gravidez: Estudos recentes sugerem que dietas saudáveis e com consumo ideal de cálcio podem reduzir o risco de hipertensão gravídica e pré-eclâmpsia, além de aumentar o peso de nascimento do bebê.
Recomendações de consumo
Segundo dados oficiais, o consumo de leite e derivados no Brasil é de 136 quilos por ano, por pessoa, sendo esse abaixo dos valores recomendados pelo Guia Alimentar Oficial, do Ministério da Saúde, que preconiza 3 porções diárias, equivalentes a 200 kg/pessoa/ano.
As informações contidas neste material foram baseadas em resultados de trabalhos científicos. A Láctea Brasil coloca à disposição as fontes e os trabalhos que possui. (Fonte: Láctea Brasil, adaptado pela Equipe Milknet)
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